segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Apagando o passado




Como passar uma borracha no passado, difícil não é?
Na separação ficam tantas recordações, até daquelas brigas onde monstros saem debaixo do tapete da sala, até das promessas que nunca poderiam ter sido cumpridas, aquele jantar de reconciliação que sabia que seriam mais frios do que as taças vazias sobre a mesa.
È da natureza humana querer acreditar que o amor não acaba, mas no fundo sabemos que acabou quando as palavras saem sem sentido, não nos fazemos entender, é quando aquela máquina que chamamos de coração não compreende mais a alma.
Sabemos que a mulher quando casa ela espera mudar algo no homem e o homem espera que a mulher nunca mude.
Hoje os dois já separados, se olham como estranhos, como se soubessem que fizeram o que tinha de ser feito, pois as frases que nunca deveriam ter sido ditas sairam debaixo daquele tapete, e que as palavras contendo dores contínuas nunca mais serão ditas.
E mesmo que a encontre em algum lugar, serão como estranhos, terão a sensação de que nunca dividiram aquela cama, em que corpos molhados, desejos e devaneios foram divididos, a imagem daquele rosto vai ficando apagada, e que a foto sobre o criado mudo, foi testemunha, e que hoje você nem sabe com quem ficou.
O amor acaba, mas na certeza de que ele pode nascer novamente, sem você estar preparado, e com as taças aquecidas pelo buquê de um vinho!
By Bruxo

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