terça-feira, 22 de setembro de 2009

Desejo de te ver...



È tarde, aqui sentado na varanda, escuto somente o rangido do balanço, o mesmo que passávamos horas nos amando, sem se quer dizer uma palavra... Os olhos falavam por nós!
Espero-te aqui, não tenho pressa de entrar, meu coração entra em divergência com a razão, meus passos custam a obedecer à razão, custa-me a acreditar, que não aparecerá em frente ao portão, com aquele sorriso, com o mesmo desejo de quando nossos olhos se cruzaram...
Desejo te ver abrir novamente esta porta, a porta deste coração que hoje fica a esperar por teu amor, que implora para a razão quebrar este encanto que você deixou, mas não tenho pressa.

Como diria Fernando Pessoa:

Não: devagar.
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde à realidade.

Devagar…
Sim, devagar…
Quero pensar no que quer dizer
Este devagar…
Talvez o mundo exterior tenha pressa demais.
Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo.
Talvez a impressão dos momentos seja muito próxima…

Talvez isto tudo…
Mas o que me preocupa é esta palavra devagar…
O que é que tem que ser devagar?
Se calhar é o universo…
A verdade manda Deus que se diga.
Mas ouviu alguém isso a Deus?
Pois é Fernando daqui pra frente eu continuo...
Olho para o chão, triste...
Vejo uma sombra, e imagino ser a tua, pois até tua sombra eu conhecia bem, sem saber eu ficava a te admirar enquanto apreciava sua xícara de café pelas manhãs, ali parada olhando teu jardim... Seguia-te pela sombra que adentrava a casa, me perdia em teus pensamentos, sabia que você sorria para as rosas como se fossem irmãs, e ao me aproximar cada vez mais de você, já podia sentir o aroma das rosas em teu cabelo...
São lembranças, que me falam que o tempo não volta para o lugar onde nasceu por isto me contento com a sombra da roseira, acordo todos os dias no mesmo horário, fico olhando para esta mesma varanda, vejo o sol nascer, e na sombra da roseira consigo te ver mais uma vez...
A razão me diz que é abandono, mas o coração me diz que é perda...
By Bruxo

4 comentários:

  1. Ai, meu queridooo, eu amei teu texto!Acredito no amor, apesar de o amor não acreditar em mim...kkkkk Valorizo as pequenas coisas, como o chocolate no fim da tarde e o almoço no meio do dia. Valorizo a boa intenção. A boa fé. Acredito nas palavras do coração pra fora. E nos sentimentos do coração pra dentro. Acredito em tudo que vem de dentro da alma. Acredito no agora e desconfio – muito – do futuro, e o meu coração tbm me diz que é perda!

    Beijos meu anjo,,,adoro vc!

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  2. QUANTA TRISTEZA,NESTE TEU POEMA AMIGO.BJS

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  3. Quando um amigo esta triste, compartilhamos com ele o sentimentos, seja ele alegre ou triste... O coração é dividido!
    bjs!
    E obrigado por estar aqui nova...

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  4. Fe, vc dispensa comentários, excelente escritora, digna de um Best seller com capa de chocolate... rs

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